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LABORATÓRIO TEATRAL

Pequena História Trágico­Marítima
FEVEREIRO a JUNHO No âmbito do projeto educativo 

         Caros colegas e alunos, Durante os próximos meses de março e abril realizaremos um conjunto de oficinas de teatro nas áreas da cenografia e figurino, dramaturgia, música e interpretação, no Teatro Académico Gil Vicente.
As oficinas inserem­se no programa de douramento do 3º ciclo de Estudos Artísticos da FLUC, e pretende desenvolver relações tipo entre o meio académico da Universidade de Coimbra e o meio profissional promovido pelo Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV). As oficinas dirigem­se a alunos, de todos os ciclos do ensino superior, e profissionais de Estudos Artísticos, Arquitetura ou Design, com interesse nas áreas referidas.
         Aos alunos e colegas que estejam interessados pede­se que preencham a ficha de inscrição anexa e que a enviem para filipamdv@gmail.com ou a entreguem na receção do TAGV até ao dia 25 de fevereiro (oficina de cenografia e figurinos e oficina de música) e até ao dia 25 de março (oficina de dramaturgia e oficina de interpretação). Seguir­se­á uma curta entrevista de seleção.
As oficinas começam dia 29 de fevereiro.
          Em anexo segue informação detalhada sobre cada uma das oficinas, datas respetivas, biografias dos profissionais envolvidos e ficha de inscrição.
Agradecemos que reencaminhem esta informação a todos os que possam estar interessados! 

Muito obrigado a todos, esperamos vê­los em breve,
diretor do curso Estudos Artísticos/FLUC diretor do TAGV
Fernando Matos Oliveira

cenografia e figurinos
Filipa Malva 

dramaturgia e interpretação
Jorge Louraço Figueira

Música
Patrícia Almeida 

Interpretação
Ricardo Correia 

          As oficinas seguintes inserem­se no programa de douramento ‘Practice­as­Research’ (PaR) do 3º ciclo de Estudos Artísticos da FLUC, no âmbito da tese de doutoramento «Play Set: Scenography in Portuguese Children’s Theatre», que pretende investigar o processo criativo do cenógrafo envolvido com a produção de espetáculos para um público infantil.
Propõe­se desenvolver uma metodologia de investigação que responda ao conceito de Practice­as­Research (tal como descrito por Robin Nelson), e que estabeleça relações tipo entre o meio académico da Universidade de Coimbra e o meio profissional promovido pelo Teatro Académico Gil Vicente.
          As oficinas irão trabalhar três grupos de conceitos, metodológicos, cenográficos e temáticos, propostos pela investigação em causa com a finalidade de desenvolver relações base para um espetáculo teatral para todo o público. O ponto de partida material será um conjunto de objetos cenográficos, construídos pela cenógrafa e replicados para as oficinas de cenografia e figurino, de música, de dramaturgia e de interpretação. A sua utilização irá garantir que todas as oficinas começam e caminham no mesmo sentido, académica e artisticamente, na resolução de problemas muito concretos. 

Metodologia
> Discutir e registar os padrões de colaboração entre a cenógrafa e a restante equipa artística; > Discutir e registar e a visão da equipa artística do seu público e em particular do público infantil. 

Conceitos cenográficos
> Música ao vivo – o som como estruturante da evolução do espaço e do tempo; > Cenografia performativa – uso de máquinas de cena e de marionetes como extensão da
performatividade do cenário e figurinos; > Interseção dos espaços ficcional e do público – a sua colaboração desenvolve a expansão narrativa; > Jogo cenográfico – interação com os atores e participação do público através da ativação
de elementos cenográficos; > Escuridão – usar desenho de luz para explorar o medo; > Cor – usar cor para definir espaço, personagem e estado de espírito; > Adereço de narração – a utilização de um objeto do quotidiano como adereço narrativo; > Figurino como mediador – entre o corpo do performer e o espaço de performance; > Personagem múltipla – uso de múltiplos formatos e corpos para definir uma única personagem; > Miniaturização – manipulação de escala do espaço e das personagens. 

Temas
> Relações entre a arquitetura naval e a técnica cenográfica tradicional; > Viagem e naufrágio; > Nossa Sra. da Nazaré e seu culto; > Múltiplos lugares da Nazaré, entre Portugal e Brasil. 

Objetos Cenográficos:
> Caixa de sal; > Guindaste do santo do pau oco; > Redes de pesca/de sesta; > Vela latina pintada e remendada, incluindo sistema de contrapesos; > Barco que balança em calhas; > A corda que chora; > (outros a divulgar).
      Estas oficinas têm como fim desenvolver bases práticas e teóricas para um espetáculo de teatro a acontecer no TAGV a 26, 27 e 28 de junho 2012. Neste sentido o trabalho realizado será selecionado e trabalhado pelos atores e músicos durante o período de ensaios entre abril e junho de 2012. Alguns destes ensaios serão abertos aos participantes das oficinas, como forma de acompanhamento crítico de todo o processo de criação e algumas das pessoas envolvidas nas oficinas poderão ser convidadas a participar no espetáculo como intérpretes.

FICHA TÉCNICA Dramaturgia_ Jorge Louraço Figueira (Universidade de Coimbra) Encenação_ Jorge Louraço Figueira (Universidade de Coimbra) design (cenografia e figurinos)_ Filipa Malva (Universidade de Coimbra) música_ Patrícia Almeida (Universidade de Aveiro) interpretação_ Ricardo Correia e Carlos Marques. produção_ TAGV/ Instituto de Estudos Artísticos. consultores académicos_ Fernando Matos Oliveira (Universidade de Coimbra), Sérgio de Carvalho (Universidade de São Paulo), Christopher Baugh (University of Leeds)
€12 [p/oficina] Informações e inscrições [entrevista seleção dos formandos] filipamdv@gmail.com Inscrições até 25 de fevereiro [oficina de cenografia e figurinos e oficina de música] até 25 de março [oficina de dramaturgia e oficina de interpretação] Entrega da ficha de inscrição [Receção TAGV] Início oficinas_ 29 de fevereiro 

OFICINA DE CENOGRAFIA E FIGURINOS
QUI 1, 8 e 15 MARÇO, das 15H00 às 20H00 QUA 21 MARÇO (sessão conjunta no TAGV), das 10h às 13h e das 15h às 17h Orientação Filipa Malva (Universidade de Coimbra) 

Público­alvo alunos de Estudos Artísticos ou Teatrais com interesse nas áreas de cenografia e figurinos, cenógrafos, figurinistas, arquitetos, engenheiros, ou outros com formação nas áreas de design de espaço e do teatro. Participantes Máx 8 Local Oficina de Cenografia e Artes Plásticas e Sala Principal TAGV 

Tema
Utilização de técnicas tradicionais de cenografia e figurino no desenvolvimento de teatro contemporâneo e em particular do laboratório teatral Pequena História Trágico­Marítima.

Objetivo Geral
Desenvolver atividades de criação cenográfica contemporânea no âmbito da investigação académica, permitindo analisar a interação entre a cenografia e figurino, em particular, e com a criação teatral, em geral, tendo como ponto de partida um conjunto de objetos cenográficos predefinidos a partir de vários conceitos e do tema ‘viagem’. 

Objetivos Específicos e Atividades
> discutir e definir os conceitos de cenografia contemporânea e sua consequência para as relações de colaboração dentro de uma obra teatral; > analisar e explorar as potencialidades das técnicas tradicionais cenográficas e suas relações, na origem, com as artes de construção naval; > desenvolver elementos cenográficos tendo como base os conceitos do laboratório teatral, Pequena História Trágico­Marítima, e de uma colaboração próxima com os atores e músicos; > construir protótipos dos projetos desenvolvidos para testar durante a sessão conjunta da interseção das áreas de estudo; > analisar consequências da utilização dos protótipos pelos atores e músicos em palco, e reavaliar os projetos desenvolvidos. 

OFICINA DE MÚSICA
QUA 29 FEVEREIRO, 7 e 14 MARÇO, das 16H00 às 20H00 QUA 21 MARÇO (sessão conjunta no TAGV), das 10H00 às 13H00 e das 15H00 às 17H00 Orientação Patrícia Sucena de Almeida (Universidade de Aveiro)
Público­alvo instrumentistas, compositores e outros com formação musical. Participantes Máx 12 Local Sala de Ensaios e Sala Principal TAGV. 

Tema
Performance e criação musicais contemporâneas partindo de objetos cenográficos desenvolvidos para o laboratório teatral Pequena História Trágico­Marítima. 

Objetivo Geral
Desenvolver atividades de criação musical no âmbito da investigação académica, permitindo analisar a interação com a cenografia, em particular, e com a criação teatral, em geral, tendo como ponto de partida um conjunto de objetos cenográficos predefinidos a partir de vários conceitos e do tema ‘viagem’. 

Objetivos Específicos e Atividades
> incentivar uma atitude caracterizada pela disciplina, concentração e disponibilidade mental e física para realidades de performance e criação; > analisar conceitos como o tempo (importância da organização do tempo nas estruturas criativas), o corpo (importância do fator físico do instrumentista na produção do som) e o espaço, na performance e criação; > explorar diferentes fontes sonoras como a voz, o instrumento e o corpo e também os mecanismos de cenário e do meio ambiente; > explorar as técnicas contemporâneas ("extended techniques") não convencionais para produzir sons e timbres não tradicionais, imaginados e relacionados com objetos base cenográficos pré­definidos e desenvolvidos; > "orquestração" conjunta de uma/mais obras com seleção prévia para possível fundição no laboratório teatral; > analisar os elementos referentes às restantes áreas do projeto (dramaturgia, interpretação, cenografia e figurinos) e estudar hipóteses de onde, quando e porquê incluir a "orquestração/ões" na estrutura geral; > exploração da espacialização (fontes sonoras variadas e vindas de vários pontos da sala ­até offstage). 

OFICINA DE DRAMATURGIA
Datas e horário a divulgar de acordo com a disponibilidade dos participantes Orientação Jorge Louraço Figueira Público­alvo alunos de Estudos Artísticos ou Teatrais com interesse nas áreas de escrita teatral. Participantes Máx 8 Local Faculdade de Letras da UC (a divulgar) 

Tema
Escrita a partir de objetos cenográficos, criados através do cruzamento de conceitos cenográficos e de temas dramatúrgicos no âmbito do laboratório teatral Pequena História Trágico­Marítima. 

Objetivo Geral
Desenvolver atividades de criação dramatúrgica no âmbito da investigação académica, permitindo analisar a interação com a cenografia, em particular, e com a criação teatral, em geral, tendo como ponto de partida um conjunto de objetos cenográficos predefinidos a partir de vários conceitos e do tema ‘viagem’. 

Objetivos Específicos
Compreender e aplicar as noções de ação dramática, enredo, personagem, fala e representação. 

Atividades
> recapitulação de noções básicas de dramaturgia; > exercício de escrita de vários tipos de diálogo; > exercício de combinação textual de aspetos narrativos com aspetos dramáticos; > exercício de formas de escrita que privilegiam a fragmentação e a coralidade; > escrita de sinopses e perfis de personagem; > escrita (e revisão) de cenas. 

OFICINA DE INTERPRETAÇÃO
SEG 23 a SÁB 28ABRIL [sessões de 4 a 5 horas] Orientação Ricardo Correia e Jorge Louraço Figueira Público­alvo alunos de Estudos Artísticos ou Teatrais com interesse nas áreas da interpretação teatral Participantes Máx 10 Local Oficina de Cenografia e Artes Plásticas e Sala Principal TAGV 

Tema
Construção de personagens a partir de objetos cenográficos, criados através do cruzamento de conceitos cenográficos e de temas dramatúrgicos no âmbito do laboratório teatral Pequena História Trágico­Marítima. 

Objetivo Geral
Desenvolver atividades de construção de personagens no âmbito da investigação académica, permitindo analisar a interação com a cenografia, em particular, e com a criação teatral, em geral, tendo como ponto de partida um conjunto de objetos cenográficos predefinidos, a partir de vários conceitos e do tema ‘viagem’. 

Objetivos Específicos
Compreender e aplicar as noções de personagem, ação dramática, ação verbal, ação física, improvisação e narração. 

Atividades
> recapitulação de noções básicas de expressão dramática e personagem teatral; > exercício de construção da personagem a partir da definição de ações; > exercício de combinação de aspetos narrativos com aspetos dramáticos; > exercícios de improvisação a partir de objetos. 

Biografias de formadores
Filipa Malva (Lisboa, 1977) É doutoranda em Estudos Artísticos na Universidade de Coimbra onde está a desenvolver investigação na área da cenografia para espetáculos com público infantojuvenil. É Mestre em Espaço de Performance pela Universidade de Kent e tem desenvolvido trabalho regular como cenógrafa, ilustradora e artista cénica. O seu trabalho inclui pintura cénica e adereços para o Teatro Nacional de São Carlos e desenho técnico para as Oficinas Cénicas da Royal Opera House em Londres. Em Portugal tem colaborado com a Avalon Theatre Company, os Lisbon Players, O Teatrão e O Bando. Tem também lecionado na área do Teatro e Cenografia na Universidade de Coimbra, na Universidade Técnica de Lisboa e na Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha. Como bolseira da FCT, está a desenvolver o doutoramento na Universidade de Coimbra, na área de Estudos Artísticos, Teatro. 

Jorge Louraço Figueira (Nazaré, 1973) Escreveu O Espantalho Teso (TNSJ), Xmas qd Kiseres (O Teatrão) e Rei Duas Vezes (O Teatrão), entre outros textos. Traduziu Cidadania, de Mark Ravenhill (Culturgest); Senti um vazio, de Lucy Kirkwood (Casa da Esquina); e Onde é que esconderam as respostas, dos Third Angel (SITE). Formado em relações internacionais e em antropologia social, fez a Oficina de Escrita Teatral de Antonio Mercado no Teatro Nacional de São João, Porto; o Seminário Traverse Theatre nos Artistas Unidos, em Lisboa; a Residência Internacional do Royal Court Theatre, em Londres; e o Seminário de Escrita Teatral de J. S. Sinisterra no Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa. É crítico de teatro do jornal Público, docente da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, doutorando em estudos artísticos da FLUC (bolseiro da FCT) e membro d’ O Teatrão. Foi nomeado para o prémio de melhor dramaturgia da Associação Paulista de Críticos de Arte pela dramaturgia de Êxodos. 

Patrícia Sucena de Almeida (Coimbra, 1974) Desenvolve a sua atividade artística em duas vertentes, a Composição e a Fotografia. Na Composição, licenciou­se em Ensino de Música na Universidade de Aveiro em 1997, tendo estudado música eletrónica e composição com João Pedro Oliveira e piano com Miguel Henriques. Obteve o mestrado em Composição na Universidade de Edimburgo (1998) e o doutoramento na Universidade de Southampton (2004), com a supervisão de Michael Finnissy. Como bolseira da FCT, está a desenvolver um trabalho de investigação (pós­doutoramento) na Universidade de Aveiro, com orientação de João Pedro Oliveira, exercendo ainda funções docentes dentro desse âmbito. Participou nas academias de verão no IRCAM (1995, 1998 e 2001), de Darmstadt em 2000 e 2008, do Centre Acanthes 2002 e 2003, de Metz em 2004 e 2005, em workshops para jovens compositores portugueses na Fundação Calouste Gulbenkian em 2003, 2004 e 2005, para além de outros workshops e seminários." 

Ricardo Correia (Barcelos,1977) Diretor Artístico da Casa da Esquina (Coimbra) trabalha como Ator e Encenador desde 2001. Trabalhou com o Teatro Nacional São João, Escola da Noite, T­Zero, Teatro Oficina, Teatrão, entre outros. Encenou Senti um vazio (2011), Exercícios de Botânica e Chambres, Rooms, Zimmers (2008) para a Casa da Esquina; As extraordinárias Aventuras do Urso polar e da raposa do deserto (2010), Peregrinações – Quadro IV para o Teatrão; Auto da Barca do Inferno (2010) e Projeto Müller (2007) para o T.EU.C, entre outras encenações. Mestre em Teatro – especialização em Encenação pela Escola Superior de Teatro e Cinema, participou: no Next Stage do Dublin Theatre Festival 2011 (participando em workshops com Gobsquad, She She Pop, Ivo Van Hove, Emma Rice, Ruth Litle, entre outros.); Curso de especialização profissional Teatro do Gesto da Un. Évora, com Norman Taylor; Diretor`s Craft com Katie Mitchell; Directing Course do R.A.D.A (Royal Academy of Dramatic Art), e Make them Laugh com Jos Housben no Theater Instituut Nederland/Amesterdam, entre outras formações. Tem lecionado na área do Teatro (Interpretação e Dramaturgia) na ESEC e Colégio São Teotónio. 


FICHA DE INSCRIÇÃO
LABORATÓRIO TEATRAL Pequena História Trágico­Marítima

NOME:
IDADE: ____________ 
CONTACTOS: ________________ 
TELEFONE __________________ 
EMAIL ______________ @ ____________ 

ESTOU INTERESSADO NA(S) OFICINA(S) DE:
PORQUE
TENHO FORMAÇÃO NAS ÁREAS DE: TEATRO: __ MÚSICA: __ CENOGRAFIA: __ FIGURINO: __ DESENHO E MAQUETISMO: __
As oficinas pretendem desenvolver um trabalho contínuo e integrado. Nesse sentido pedir­se­á a todos os participantes que se comprometam com as datas descritas. Muito obrigada.




ARQUITECTURAS RURAIS

Programa de Residências Artísticas de Nodar (São Pedro do Sul)
Binaural / Nodar | www.binauralmedia.org


Períodos de Residência Artística: Abril, Junho e Setembro 2012
Disciplinas Art
ísticas: Instalações / Esculturas Sonoras

Candidatura Aberta at
é 15 de Setembro de 2011


Som e espa
ço formam um importante par no nosso ambiente quotidiano: Nenhum som existe fora do espaço, e nenhum espaço é realmente silencioso. Som e espaço reforçam-se mutuamente na nossa percepção, as qualidades de um espaço afectam a forma como percebemos o som e as de um som afectam a forma como percebemos um espaço. Resumindo, espaço e som são indissociáveis na nossa experiência do que é existir no mundo.

De igual modo, existem evid
ências claras da importância sonora de lugares sagrados ancestrais, os quais têm sido documentados por antropólogos. Os sons foram provavelmente uma parte importante de rituais, pela forma como afectavam o corpo humano e a função cerebral.  Muitos dos lugares sagrados antigos foram construídos em pedra, as quais pelas suas qualidades geológicas ou pela sua disposição no espaço, geravam efeitos acústicos particulares de reverberação ou eco, estudados nomeadamente no domínio da arqueologia acústica.

Hoje em dia o planeamento dos espa
ços territoriais é dominado pelo elemento visual. Mas um novo corpo de conceitos, genericamente designado de arquitectura aural estuda a relação entre o desenho de estruturas arquitectónicas, a acústica e a experiência humana. Cada espaço construído tem o seu enquadramento sonoro específico, criado pela interacção entre uma série de variáveis: paisagem, desenho, estrutura, material e uso.

É legítimo afirmar que o caso específico dos territórios rurais coloca em evidência a profunda ligação existente entre paisagem, arquitectura e som. Por um lado, a paisagem rural é em grande medida uma paisagem antropológica e arquitectónica, transformada por uma miríade de construções utilitárias, muitas delas centenárias: moinhos de água, azenhas, canais de rega, casas de habitação, eiras, poços, lavadouros, espigueiros, minas, muros de pedra, capelas, igrejas, coretos, ruas, becos, largos, campos agrícolas, caminhos, etc. Por outro lado, grande parte das construções rurais implicam uma especificidade acústica, de tal forma que é possível em grande medida reconhecer a tipologia arquitectónica a partir da escuta desses lugares.

O Programa de Resid
ências Artísticas de Nodar para 2012 irá precisamente explorar as interacções entre paisagem, arquitectura e som no contexto rural do Maciço da Gralheira, concelho de São Pedro do Sul.

Ser
ão seleccionados 12 projectos artísticos de outros tantos artistas ou colectivos os quais irão “activar” acusticamente diferentes tipologias de construções rurais, através da criação de instalações e esculturas sonoras em contexto específico. Os projectos a seleccionar podem incluir a participação complementar de especialistas em disciplinas não necessariamente artísticas, como a arquitectura, arqueologia, antropologia, etc.

Em paralelo ser
ão convidados antropólogos, geógrafos, arqueólogos e arquitectos para contribuírem para uma reflexão cruzada sobre a arquitectura rural da região e os seus novos usos potenciais, com ênfase nomeadamente nas estruturas que perderam a sua função original.

O processo de candidatura:

A candidatura dever
á ser composta pelas seguintes informações:

- Proposta de projecto art
ístico a desenvolver (com indicação de metodologia e cronologia de trabalho);
- Biografia art
ística resumida (900 caracteres com espaços) e Curriculum Vitae completo;
- Liga
ções web para material audiovisual anterior do artista;
- Necessidades t
écnicas e materiais do projecto;
- Proposta de per
íodo temporal para a residência artística (Abril, Junho ou Setembro 2012).


As candidaturas devem ser submetidas exclusivamente atrav
és do sítio internet da Binaural/Nodar, devendo ser preenchido o formulário electrónico de candidatura e efectuado o upload da documentação de candidatura referida atrás (num único ficheiro .zip ou .pdf):  http://www.binauralmedia.org/news/pt/artist-residency/application-form/

Toda a documenta
ção deverá ser enviada até 15 de Setembro 2011 e a escolha dos projectos artísticos será divulgada até 31 de Outubro 2011.

Caso seja necess
ário enviar materiais impressos ou editados (catálogos, CDs, DVDs), tal deverá ser feito para:

Binaural/Nodar
a/c Luis Costa
Caixa Postal N
º 119 - Nodar
3660-324 S. Martinho das Moitas
Portugal

Todas as d
úvidas sobre a presente candidatura aberta podem ser colocadas por email (info@binauralmedia.org) ou por telefone (+351 232 723 160).

Nota: Para ano de 2012 n
ão serão aceites projectos artísticos que não se enquadrem no tema proposto por esta candidatura aberta.





Luís Costa
Coordenador

Binaural | Nodar

Caixa Postal Nº 119 - Nodar
3660-324 S. Martinho das Moitas
Portugal

Email: info@binauralmedia.org
Tel. +351 232 723 160

http://www.binauralmedia.org
http://www.paivascapes.org
http://www.aldeias-sonoras.org
http://www.aldeiasdemagaio.org